Visando oferecer um atendimento multidisciplinar que abranja as necessidades físicas, emocionais e psicológicas dos pacientes, o Instituto de Oncologia do Vale conta com uma equipe multiprofissional que acompanha cada um de acordo com a sua necessidade. 

O primeiro ponto de contato com a equipe multiprofissional é a enfermeira do cuidado e faz uma abordagem psicossocial e avalia a necessidade de orientação sobre direitos do paciente oncológico e acompanhamento psicológico. 

“O atendimento psicossocial foi criado para que possamos entender a verdadeira necessidade do paciente. Avaliação visa identificar se alguns aspectos emocionais estão relacionados com o diagnóstico ou sua situação financeira. Após essa conversa, fazemos as orientações e encaminhamentos necessários”, explica a assistente social, Maria do Carmo Valentim. 

Quando a pessoa solicita assistência ou é encaminhada para a psicóloga, a profissional realiza um primeiro atendimento e avalia se é preciso ou não continuar o acompanhamento. 

“Quando identificamos a necessidade de manter o atendimento psicológico, oferecemos ao paciente a oportunidade de realizá-lo no IOV enquanto estiver em tratamento quimioterápico ou radioterápico. Se ele preferir, também pode buscar auxílio com algum profissional externo”, explica a psicóloga Ana Eliza Sakakibara. 

Em alguns casos, a equipe médica ou de enfermagem também encaminha o paciente para a nutricionista, que realiza uma avaliação para identificar se ele tem algum risco nutricional.  

“Caso apresente risco nutricional, o acompanhamento acontece mais de perto, com consultas a cada 15 dias. Os sem risco nutricional são atendidos mensalmente. Em toda consulta os pacientes são reavaliados pelo teste de triagem nutricional, o NRS-2002, instrumento validado e recomendado para o público oncológico”, explica a nutricionista Isadora. 

Ainda de acordo com a nutricionista, quando o paciente tem risco nutricional, ela aplica o ASG-PPP, método de avaliação padrão ouro para o público oncológico, recomendado por diretrizes nacionais e internacionais. 

“Com esse método, que tem demonstrado em estudos mais assertividade sobre o estado geral e nutricional do paciente, mensuro peso, aceitação alimentar, efeitos colaterais, nível de funcionalidade diária e exame físico, obtendo uma pontuação para avaliá-lo entre as consultas de forma precisa e individualizada, classificando o estado nutricional dele entre A - bem nutrido; B - desnutrição suspeita ou moderada; C - gravemente desnutrido”, conclui.